Crise existencial

A vontade que tenho de viver pode ser muito grande, mas não o suficiente para poder me jogar de braços abertos num mundo que anda cada vez mais complicado.
Ultimamente tenho me sentido menor, não sei se seria pelo término de duas fases ou pela falta de sentimentos que têm ocupado minha mente e meu coração. Gostaria de ser menos indiferente, gostaria de poder voltar a ser quem eu fui um dia. Mas ao mesmo tempo não gostaria. Quando me perco, demoro a voltar. Quando me perco, me torno poética, me vejo menina, me vejo mulher. Se bem que entre menina e mulher, sou meio-termo.
Se eu pudesse sair gritando tudo o que eu sinto, tudo o que eu sei, tudo o que passei! Ah, ninguém acreditaria! Nem quem me acompanha desde que me entendo por gente. Nem quem julga me conhecer acreditaria. Se, se, se... Se não houvesse essa palavrinha...
Mesmo que insistam no contrário, não acredito que essa seja uma má fase. Acredito sim, que pode ser o começo dos meus gritos e revelações, todos eles bem calados.
Quantas vezes gritei por socorro e não fui atendida? Foi melhor assim. Cresci, aprendi que eu posso viver por mim mesma, com meus princípios e que não cabe a ninguém me julgar. Julgar até podem, mas eu que me encarrego de aceitar ou não.
Não estou acostumada a viver por mim, e está sendo bastante agradável.
O que tiver de ser, será.
Vamos deixar o rio realizar seu percurso naturalmente.

http://youtube.com/watch?v=y8Q3C9p13AQ

EU E ELE

Este sou eu
Aliás, eu era este cara.
Agora sou como esta fotografia,
Nublada e visível
Num comodo onde cresci.
Mas esta não é minha casa.
Mas eu bebia e conversava.
Ainda confesso e bebo.
Este sou eu no meu mundo
mas este já não é o agora
Esta talvez seja minha saudade
E o futuro que paralelamente será ele
O cara da foto

Não tão doce novembro


Eu olhei em volta

Então olhei de volta para você

Eu consegui dizer

Coisas que você não pode apagar

Se eu tivesse o meu caminho

Eu nunca esqueceria de você

Hoje é o dia

Eu torço para que possamos superar

Superar a queda

Superar tudo

Eu não quero cair aos pedaços

Eu só quero sentar e te olhar

Eu não quero falar sobre isso

Eu não quero conversar

Eu só quero chorar na sua frente

Eu não quero falar sobre isso

Você é o único

Com quem eu pensei ficar até o final

Quando eu estou inacabada

Você me traz de volta

De volta abaixo das estrelas

De volta em seus braços

Quero saber quem você é

Quero saber por onde começar

Eu quero saber o que isto significa

Quero saber como sentir

Quero saber o que é real

Eu quero saber tudo, tudo

Será que estou pronta?

Você tem sido meu melhor amigo,

com alguns benefícios, claro.

Eu não posso me desfazer de você.
Juliana

obá! o bar! um ano de blogsbar!!



Hoje o nosso querido refúgio no fundo do oceano completa um ano de existência, conseguindo ser mais discreto, com menos participações do que um único post de grandes blogs. Mas é por isso que ainda faço questão de escrever e manter vivo a idéia do bar, do mar.....ainda somos alternativos, alternantes e viva! Que tenhamos mais um período de vida suficiente para ocupar um espaço virtual com nossas hipóteses pseudo-poéticas! E dá-lhe cortejos e tambores pelas profundesas do oceano virtual!
foto do show mil tambores, realizado na estação do conde, no dia 17 de novembro de 2007

1990


Eu nasci em 1990
em uma rua calma e exata.
em algum lugar ao sol,
a doçura estava no ar,
e muitas luzes se soltavam alegres
passam através da janela do quarto.
não como uma ferida muda para um poema ridículo
levemente fora da chave na hora da mãe.
então me deixe em paz.
eu estou ocupada quebrando a cabeça, eu nasci em 1990
na base de uma brecha.
eu mesma abri a porta,
sem nenhuma dose de cavalheirismo.
eu fui nomeada uma droga "cheia de juventude",
com variantes de outros nomes,
entre duas grandes portas,
pequena, amável, orgulhosa e inofensiva.
então me deixe em paz.
eu estou ocupada quebrando a cabeça, eu implorei para ser forte
quando deveria ter sido frágil,
como uma represa que precisa se romper.
eu gostaria de ter sido as pedras,
seu rio aprenderia o caminho.
eu estou observando silenciosamente.
você falou em algum caminho
para ir devagar, voltar ou ser odiado.
então me deixe em paz.
estou ocupada crescendo.
10 de maio, 08:18
maio e jóias. 1° de junho,
Juliana e canções de ninar.

Para pássaro


Quando encontro um novo ar
Uma nuvem nova
Para flutuar
Apertar até se dissolver
Parece que sou um pássaro
Ouço um pio
Soletro o soneto
Pelos indeterminados
Imagino atemporal
No peito, na dor
Ritmados embaralhados
Instrumento que voa
Pássaro que não asas
Vozes que brincam
Palíndromos comichões

João Rafael

Novata

Pois bem, aqui estou, pronta para ajudar com meus devaneios.
As boas vindas estão aceitas, e farei o possível para ajudar no que for preciso!
=D

2 + 2 = 5


O nosso bar agora tem mais uma cabeça, mais um globo de pensamentos e idéias que juntos (des) integram todas as expectativas e ilusões da geração que já não tecla suas máquinas de escrever e raramente pincelam os papiros. Nunca antes pensei em compartilhar um espaço tão íntimo com meu próprio bar! Mas tenho certeza que este era o momento e esta era a pessoa. Boas vindas ao bar Juh, boas vindas ao fundo do mar! Espero que nossas duas cabeças somadas não resulte no óbvio cinco.

foto retirada do site http://www.zientzia.net/

a banda

Palavras amalgamadas aos cuspes da guitarra. Inventar, ser, som.....Som as vezes improvável, as vezes batido, mas forte, quente, com o carinho e intensidade suficiente para fazer da amizade pessoal, uma eterna ligação e devoção à música. Disperso com a burocracia, compromissado com as nossas crias, o Trianon em cinco anos se expressa até aqui e em cada minuto se prepara para desconstruir-se para reconstruir pela mente da banda sua nova necessidade.