Escambos

Certeiro. Palavra para definir a segunda edição do festival Escambo de experiências musicais realizado neste fim de semana pelo Fórceps. As atividades iniciadas no sábado (20) foram produtivas e eficazes. A oficina de DJ e rima com o Rap Renegado e a exibição de cinema no chafariz mostraram as outras faces do Fórceps, que se estendem além da música. O encontro dos coletivos mineiros teve excelente quórum e foi direto: deste encontro saiu o grupo que pretende representar os coletivos dentro do fórum mineiro da música. Uberlândia (Goma), Montes Claros(Retomada), Divinópolis (Anti héroi), Vespaziano(coletivo em formação), Belo Horizonte( Pegada, Outro Rock) Sabará (Fórceps) e outros, mostraram que a força independente do interior de Minas começa a ganhar mais espaço e reconhecimento.
Encontro dos coletivos
Depois de quase quatro horas de debates, a noite foi da festa Eescambau, no bar independente A obra, em BH, com a discotecagem dos irmãos Léo e Marcelo Santiago, cabeças ativas do Fórceps. Com a casa cheia, a festa foi animada e coerente com a proposta lançada pelo Escambo. Os integrantes dos coletivos puderam trocar mais informações e idéias. Coletivo Goma (Uberlândia) na Obra
No domingo a tarde, o coreto da praça foi exclusivo para os shows. Cada coletivo foi representado por uma banda. A primeira a subir no coreto, os Manolo´s Funk, mostraram aos transeuntes que a tarde seria de muito rock de qualidade. A banda de Vespaziano, foi animada e dançante. Manolo´s Funk
Logo após veio o trio de Divinópolis, Aura. Pesado e melódico. Uma dinâmica execução inteligente. Aura
A tarde estava chuvosa, e os pingos começaram a cair ao som do Furo, banda de Montes Claros, representante do coletivo Retomada. Bem ao estilo pós Los Hermanos, a banda teve um show crescente com um final marcante. A performance do vocalista e guitarrista Lobão foi séria e provou aos ouvintes que vocais suaves podem ser fortes (os vocais rasgados da última canção demonstrou um grande domínio do vocalista!). Furo
A cortesia local ficou pela novata e já experiente 4, que prendeu o público aos cantos cobertos da praça. As belas canções reforçaram mais uma vez a música instrumental perante o público pouco a costumado com o estilo. 4
A chuva dá uma brecha, a noite cai e o Escambo muda de cara. Sobe ao palco o Rapper Renegado. Sem voz e com uma presença de altíssimo astral, (o momento mais cheio do festival) ele uniu diferentes tribos ao coro "mil grau" e mostrou a importância dos movimentos independentes e de suas articulações. Renegado
O Escambo se despediu em 2008, com Ricardo Koctus (Pato Fu) e sua banda. Sua presença mostrou a cidade a relevância do Fórceps e o reconhecimento do coletivo no cenário nacional. Público no Escambo
Exposição de camisas da Thaís Guedes

Foi um fim de semana muito rico. Novas amizades, novos contatos e uma dose revigorante de animo para os coletivos que com incentivos de líderes como Kuru e Makeli Ka, voltarão à sua rotina com a certeza que seus esforços estão sendo reconhecidos.

Finalização do Grafite do Gui

Um comentário:

fernanda ler.ato disse...

que delícia...
e tudo juntinho!

bem bom e que assim seja!
beijo beijo