Recomendo nº1

Para os que estão dispostos a um novo conceito de instrumental, eletrônico, forte, climático e belo. Constantina é uma banda belorizontina fantástica. Não estava ligado ao instrumental como agora. Principalmente depois de conhecer este som. Recomendo.

Stereoteca: Salvando a semana

Começamos a semana as vezes animados, revigorados por dias de descanso bem aproveitados, outras vezes (maioria delas) estamos com sono pelos intermináveis "rocks". Mas a impressão sempre é de recomeço. No quinta, o pensamento já é direcionado ao descanso, a ausência do patrão, a liberdade de expressão e a cerveja. Mas no meio da semana, mais precisamente na quarta, o grande perigo é de se perder nos pensamentos, de pensar em coisas ruins, em colar energias negativas em sua volta, em desanimar.

O projeto Stereoteca que acontece todas as quartas no teatro da biblioteca em Belo Horizonte, é uma salvação para as pessoas que tendem a perder a razão pela semana afora. Além de trazer grandes artistas, é uma oportunidade aos curiosos musicais de conhecer diferentes sons, novidades da música e de escapar da rotina tradicional de quarta a noite, dia de futebol na TV. Este ano, os artistas que lançam CDs, foram focalizados pelo Stereoteca, aguçando o instinto daqueles que não querem viver no vácuo, como diz o slogan do projeto ( impactante desde o livreto deste ano, super criativo).

Marquei minha primeira presença na quarta passada, na apresentação da cantora mineira Pat C, estreiando em nossa terra depois de quase 20 anos na Europa. Nunca tinha ouvido falar e o delicioso prazer escorregadio da curiosidade me ganhou. O som baseado na Bossa moderna, com uma pitada de eletrônico, surpreendeu a todos que creio eu, foram com as mesmas expectativas.

Ontem a noite estava linda, o teatro cheio e os corações emocionados pela belísssima performance do Sérgio Pererê. Conquistador de seus timbres, trovador de postura, aumentou significadamente o número de admiradores de seu trabalho.

Uma série de apresentações ainda estão por vir. Eu mesmo ainda quero ter mais surpresas. Quero este vigor para aguentar minhas semanas.

Pat C no Stereoteca

Anjo da guarda

Eu achava que tudo dependia de você. O centro estava ali, a referência de um bando de orfãos de anjos da guarda. Você chegara para resolver o problema de todos. Sabiamos o que fazer e se não sabiamos, tinham certeza de onde encontrar. Manter a vida como uma roda, é coisa sua, feita com tanta precisão e beleza que causa ódio e amor, sempre ao mesmo tempo. Mas aceitá-la assim, é a única forma de desempenhar meu papel, que só agora o confirmei. Este papel na verdade não é apenas meu, é de vários. Mas todos devem se posicionar em sua roda, para acontecer. O papel que era pra ser seu, minha querida, assumo sem muita habilidade, mas estarei por perto, atrás, para te ver, te sentir, te ouvir e te entender. Foi em sua primeira exposição, que descobri que tudo sempre foi a sua grande exposição e que ninguém põe a arte na vida e nem vive a arte melhor que você. Saramago, no livro “O conto da ilha desconhecida” disse que "Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar”, trecho que descobri em um dos blogs que costumo ler, sem ser percebido. Me inspira a simplesmente te gostar.
Jogue fora a sua TV

É hora de fazer esta clara decisão
Os mestres esperam por essa colisão, agora
É uma repetição da história já contada
É uma repetição, e está ficando velha.

Jogue fora a sua tv

Faça uma pausa, um grande intervalo
Recrie seu ponto de vista, agora
É uma repetição

Mate essa praga contagiosa
Desplugue o cabo

Jogue fora sua tv

Tire o laço de sua ambição
Reinvente sua intuição, agora
É uma repetição

Jogue fora sua tv

Salivando por uma reprise
Se livre desta condição doentia
É uma repetição


PS: Se vc não foi, se vc se esqueceu, já passou.
Passou. Eis a questão.

se há alguma desculpa

Se existiu um motivo convincente, se há alguma desculpa, se o dano é grande, não sei...
Se tenho o porque falar, se irá escutar-me atentamente, se quiser ver, não entendo...
Sei que faltei, falhei, não fui,
Sei que não esqueci, não evitei, não despreocupei,
Sei que se foi proposital, se foi exarcebo, se foi jeito,
Acreditei, sensibilizei, me emocionei,
Peço perdão, desculpas, licença,
Para falar o que não foi dito,
Para te ver passar mais uma estação,
Para ouvir-te esbravejar.
Você é o que parece ser, é o que sua idade nunca representou,
É o inverso cotidiano, é a maneira clássica, pouco costumeira para os mudernos, os modais.
Na primeira estação que encontrei, jamais quis sair,
Nas futuras estações sinto-me dentro, parte amalgamada, o cheiro longe de doces narinas.
É a sua virada, histórica, lendária, mitológica,
Estarei presente, e viverei para contar esta história.
Meus sinceros beijos, em cada pedacinho, agora completos pelo tempo, unidos ao ancião terra.
Feliz 18....

caco


CASCOS


CAOS


CASCOS


CAOS


CASCOS


CAOS


CACO