um presente

O que é um poema quando a vida nos canciona palavras virtuais?
E o que é a vida se não sonetos vindos dos poemas de um homem só, aquele que nunca saiu da cabeça, nunca avançou os sinais de um lábio?
Nenhum poema é capaz de segurar com suavidade as doces sensações de se esperar pelo sempre, ansiar pela não dissolução de um momento, uma pessoa que poderia ser você ou as suas vontades, suas incógnitas perceptivas. Belas palavras de um simples menestrel, de um andarilho ou de um trovador solitário completam os tais pensamentos que escorrem para tentar saciar uma pequena, uma princesa do futuro, uma dama revolucionária. Perdem até o sentido, pois o que são expressões sem o calor de um ser? O calor que sempre tentarei imbutir em meia duzia de palavras, poemas, canções e olhares. Não sou capaz de alcançar metas linguísticas, de encarnar meus heróis, porém, como um camponês sou capaz de amar e de recolher fragmentos de idéias, unidos pelos espaços em que pude sentí-la. Não abuso das palavras, não possuo requinte, não descrevo-me coerentemente. Sinto-lhe agora, penso, recrio vidas e sonho o inventário lunático.

Um comentário:

Juh disse...

Ê menino.. homem!
=D
Amei!