Qual é o problema?

Me responda e te dou um prêmio. Me respondo e não concluo nada. O buraco anda tão em baixo que acho que terei que problematizar primeiro: Porque reclamo tanto? Qual é o caminho contrário? Um dia achei que minha especialidade era gozar de situações petulantes, não generalizar minhas confusões. Elas eram únicas. Não são há muito. Tudo é normal como os demais seres "normais". Eu sempre quis não ser normal. Talvez nunca tenha conseguido realizar este feito. Para onde foi a vigorosidade e a força? Afirmo que sou uma metamorfose, porém, a cada decisão, em cada mudança, uma cagada de urubu! Bastou uma pessoa especialíssima e me pego sendo lembrado de utilizar minha própria filosofia. Onde está o especial? Meu corpo se encaixa em teorias administrativas, se guia por modelos burocráticos de um coração suado e se desgasta pelas falhas não percebidas por Fayol ou Taylor.
Acontece uma batalha pela galática mente aqui instalada, comandada por cada um de meus sonhos, que são traídos por mercénários pensamentos oriundos de despidas ilusões. E no fim sou obrigado a rir e criar uma auto-trilha sonora de meus finais. E ela não sai para o papel!
Me pergunto(me perguntaram) então, quem sou eu? Que tipo de bomba sou eu? Existirá algum ser capaz de desarmar-me? Não, eu digo, que não sou mais que a sobra do mundo, que o resto de uma idiocracia e definitivamente eu não sou o início, o fim ou o meio.
São tantos meus poetas e tantos os heróis, tantas soluções para um único problema. Me responda e te dou um prêmio. Eu devo sair ou entrar? A teoria da terra invertida poderá resolver minhas ânsias. A aflição abandou e se rebelou ao meu governo. A dor comprime minha pele e o tempo rega minhas rugas.

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