As coisas não mudaram de figura. Realidade despencou sobre a minha cabeça, revivi meu passado como nunca poderia imaginar, senti algo que nunca saberei explicar. Só dói ver alguém tão jovem inerte, sem respiração ou qualquer sinal vital. Dói não ter sinal daquele sorriso perfeito.
Pensar na vida me deixa triste, mas dessa vez pensei, e muito. Pensei em tudo que já sabia e evitava pensar. No quanto a vida é injusta e surpreendente, se existe destino, como tudo acaba, no quanto somos vulneráveis e frágeis. Eu vou acabar um dia. A minha voz vai calar, meus olhos vão se fechar e eu não vou ouvir mais nada. Só não sei quando.
Não consigo organizar meus pensamentos. Não faz sentido ficar assim, não faz sentido a vida de alguém se perder por tão pouco. A vida de alguém tão feliz, tão cheio de vida e sonhos! Por que alguém cheio de sonhos vai e uma pessoa sem rumo fica? Sinto-me tão impotente.
As lembranças são lindas, dolorosas, estranhas.
Quando perguntei se o veria em breve, a resposta foi: “qualquer dia desses vc me vê fardado!”. E eu vi. Preferia não ter visto. Preferia não ter ouvido. Preferia que vc estivesse lá.
Antes era desesperador não saber onde estava. Essa manhã foi desesperados saber onde estava.


Não quero um até breve como este.



(11:36) Flávio Oliveira:
Jú.. não vou poder ficar batendo papo agora, pois vou sair... mas queria deixar com vc o meu novo número de celular xxxx5714
(11:36) Flávio Oliveira:
espero q esteja tudo bem
(11:36) Flávio Oliveira:
bjs e ate breve
(11:36) Juliana ॐ:
tá beleza! até mais!